ENSINO MÉDIO COMPLETO
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS ? COMUM A TODOS OS CARGOS
LÍNGUA PORTUGUESA.
Leitura e interpretação (objetiva e subjetiva). Polissemia e Ambiguidade. Fonologia: encontros vocálicos e encontros consonantais. Dígrafos e Dífono. Morfologia: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, conjunção, preposição e interjeição. Flexão das classes morfológicas. Sintaxe do período simples. Ortografia: s, ss, ç e z. Regras da nova ortografia. Gêneros textuais: crônica e poema. Figuras de Linguagem e de Pensamento.
OI GENTE, EU SOU NALY DE ARAUJO LEITE, E ATRAVÉS DO BLOG DO MUNICÍPIO VAMOS ESTUDAR PARA O CONCURSO,QUI O 1º ITEM DO PROGRAMA.
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ENTÃO,TODOS OS DIAS NO BLOG DE BARRA VELHA IV, E BONS ESTUDOS!!!!
TEXTO: VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas.
QUESTÃO 01 - Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem
a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.
e) não lhe deu muita importância.
QUESTÃO 02- O homem interessou-se pelo inseto porque
a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.
e) era um inseto perigoso e contagioso.
QUESTÃO 03- A mudança na rotina do homem deu-se
a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
e) devido ao cansaço do dia.
QUESTÃO 04 - Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
e) afeição
QUESTÃO 05 - A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.
GABARITO
01 – C
02- B
03- A
04- E
05- D
a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.
e) não lhe deu muita importância.
QUESTÃO 02- O homem interessou-se pelo inseto porque
a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.
e) era um inseto perigoso e contagioso.
QUESTÃO 03- A mudança na rotina do homem deu-se
a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
e) devido ao cansaço do dia.
QUESTÃO 04 - Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
e) afeição
QUESTÃO 05 - A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.
GABARITO
01 – C
02- B
03- A
04- E
05- D
TEXTO: O PORTUGUÊS.COM
A comunicação expressa das salas de bate-papo e dos blogs está mexendo
com o idioma em casa e nas escolas.
Isso é bom?
A comunicação expressa das salas de bate-papo e dos blogs está mexendo
com o idioma em casa e nas escolas.
Isso é bom?
A vida linguística do futuro está por um fio? Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo dos usuários da internet por sua agonia. Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível, traduzem sentimentos por ícones e renunciam às mais elementares regras da gramática. O resultado dessa anarquia comunicativa divide opiniões.
Linguista respeitado, o inglês David Crystal, autor do livro A Linguagem e a Internet, chama esses defensores da sintaxe de alarmistas e não prevê um futuro desastroso para a gramática por causa da rede. Lembra que a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança dos estudiosos, preocupados com o risco de uma afasia epidêmica entre os usuários. Por incorporarem uma linguagem cheia de “hã, hã” e “alôs”, eles corriam o risco de perder a capacidade de expressão e a sociabilidade. Não foi o que ocorreu, lembra Crystal. Ele faz uma previsão otimista: o jargão dos chats (salas de bate-papo) e dos blogs (diários que se tornam públicos) pode estimular outras formas de literatura e desenvolver o autoconhecimento do jovem, como percebeu ao analisar o conteúdo de blogs ingleses.
O outro lado da história é contado por psiquiatras. Pais de adolescentes com distúrbios de linguagem estão levando os filhos ao consultório e recebendo um diagnóstico, no mínimo, preocupante: suspeita-se de uma onda de “dislexia discursiva”. O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola, começa a ter uma avaliação catastrófica dos professores.
Perde a capacidade de entender o que lê fora do ambiente da rede. Sem entender, não tem condições de julgar, e sem posição crítica fica incapacitado de reflexões profundas sobre a realidade que o cerca. Os pais imaginam que o filho está mentalmente perturbado ou tomando drogas, mas ele apenas renunciou a seu potencial expressivo para adotar a linguagem estereotipada da internet.
Adolescentes viraram suas vítimas preferenciais.
Os jovens erguem uma barreira contra seus pais, que não compreendem uma só palavra das mensagens trocadas com os coleguinhas, mas ficam igualmente isolados, incapacitados de escrever segundo os códigos linguísticos formais. O alerta é do médico e neurocientista paulista Cláudio Guimarães dos Santos. “Essa simplificação da linguagem pelos adolescentes não pode ser entendida como alternativa, porque esse código acaba tornando o lugar da escritura convencional”, analisa. “Ninguém escreve um tratado de física com carinhas e usar o código da rede sem dominar o formal gera erros de percepção.” O psiquiatra refere-se aos ícones conhecidos como emoticom, que os internautas usam no correio eletrônico e em seus weblogs para comunicar aos interlocutores que estão tristes, alegres, entediados, eufóricos ou simplesmente indiferentes.
Os traços sintéticos dessas “carinhas” e a linguagem telegráfica dos blogueiros não são recursos meramente funcionais, adverte o médico. Eles revelam que esses jovens consideram supérflua a escritura formal. “Ao contrário da fala, a comunicação escrita exige aprendizado e ninguém aprende se não tiver interesse genuíno, o que leva o adolescente a optar pelo código anárquico da rede”. O professor de língua portuguesa David Fazzolari, do Colégio Nossa Senhora das Graças, em São Paulo, discorda, argumentando que a curta existência da internet não justifica previsões tão pessimistas. A linguagem usada nas salas de bate-papo e nos blogs, diz, é um simulacro da comunicação oral, dinâmica por natureza.
“As abreviações, os signos visuais e a ausência de acentuação representam apenas um jeito de se adaptar ao teclado”, observa o professor. Ele não acredita que a norma culta será contaminada pela simplificação. “Os adolescentes sabem que ela deve ficar restrita ao ambiente da rede e não tenho notado um empobrecimento nos textos dos alunos por conta da adoção do código da internet”.
Mas as redações poderiam ser melhores se a leitura fosse um hábito familiar, admite. O estudante Leandro Rodrigues Gonçalves, de 17 anos, mantém seu blog como um diário para “criticar” religiosos, “polemizar”. Como outros blogueiros, começou a usar “eh” no lugar de “é” e trocar “não” por “naum” até pensar no vestibular e concluir que era melhor render-se à sintaxe convencional. “A rede me estimulou a ler e a escrever poesia”, conta. Já Victor Zellmeister, de 15 anos, acha que a internet não aprimorou seu desempenho. Assim como o colega Gustavo Simon, garante não usar a “língua” da internet na aula. Colega dos dois, Rafael Mielnik não confunde rede com escola. “Só uso a net para inutilidades”.
Educadores não identificam perigo nessa linguagem eletrônica. “Costumamos ver com desconfiança aquilo que foge ao nosso controle, mas não acho que a rede empobrece a língua”, afirma a orientadora pedagógica Elione Andrade Câmara. Com ela concorda David Crystal, que costuma rir quando alguém diz que a nova tecnologia está sufocando a gramática e matando a cultura: “Sinceramente, acho até que a literatura possa ficar mais rica ao incorporar expressões de blogueiros do meio rural, produzindo outros gêneros e abrindo uma dimensão diversa para a escrita”.
Assim seja.
(FRANZOIA, Ana Paula e FILHO, Antônio Gonçalves. In: Revista Época. Pág. 54-55, 09/09/2002).
QUESTÃO 01 - “A vida linguística do futuro está por um fio?” A respeito deste questionamento, o texto afirma que:
A ( ) Está, e é por exclusiva culpa do pragmatismo de todos os usuários da internet, por abreviarem palavras ao limite do irreconhecível.
B ( ) Para David Crystal, respeitado linguista, a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança, no sentido de seus usuários perderem a capacidade de expressão oral e escrita.
C ( ) Os psiquiatras suspeitam de uma onda de “dislexia discursiva” que acometeu os adolescentes, os quais perderam não só a capacidade de julgar, mas também de conviver fora da rede.
D ( ) Os pais imaginam que o filho esteja mentalmente perturbado ou tomando drogas, porque a internet considera os adolescentes suas vítimas preferenciais.
E ( ) Pode estimular outras formas de literatura e desenvolvimento do autoconhecimento do jovem que faz uso de chats e blogs.
QUESTÃO 02 - “Pais de adolescentes com distúrbios de linguagem estão levando seus filhos ao consultório”.
O fragmento acima é ambíguo, por apresentar duplo sentido. Tal ambiguidade decorre do fato de que:
A ( ) O sujeito é simples, apresentando dois adjuntos adnominais introduzidos por preposições diferentes, porém de mesmo valor semântico.
B ( ) Há dois adjuntos adnominais, um dos quais pode estar se referindo tanto ao outro adjunto adnominal quanto ao restante do segmento destacado.
C ( ) O sujeito é simples e plural, acarretando, por ter dois adjuntos adnominais também no plural, dupla possibilidade de entendimento.
D ( ) As preposições que introduzem os adjuntos adnominais são diferentes e introduzem noções diferentes, ainda que o sujeito seja composto.
E ( ) Um adjunto adnominal refere-se a “distúrbios” e o outro, à “linguagem”.
QUESTÃO 03 - “Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível.” O termo destacado acima, por referir-se a outro mencionado anteriormente
(“usuários da internet”) tem função anafórica. Assinale a opção na qual ocorre um termo com função textual diferente:
A ( ) ”O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola...”
B ( ) “Perde a capacidade de entender o que lê fora do ambiente da rede.”
C ( ) “Os adolescentes sabem que ela deve ficar restrita ao ambiente da rede...”
D ( ) “Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo dos usuários da internet por sua agonia”.
E ( ) “... produzindo outros gêneros e abrindo uma dimensão diversa para a escrita”.
QUESTÃO 04 - Assinale a opção em que o termo destacado exerce função sintática diferente dos demais:
A ( ) “... chama esses defensores da sintaxe de alarmistas...”
B ( ) “Lembra que a invenção do telefone provocou...”
C ( ) “... a mesma desconfiança dos estudiosos...”
D ( ) “Essa simplificação da linguagem pelos adolescentes não pode ser entendida...”
E ( ) “... um empobrecimento nos textos dos alunos por conta da adoção do código da internet.”
QUESTÃO 05 -Examinando a estrofe de Zé Kety, analise o tipo de pronome predominante.
“Uns com tanto
Outros tantos com algum
Mas a maioria
Sem nenhum.”
Pronome pessoal de tratamento
Pronome do caso oblíquo
Pronome indefinido
Pronome demonstrativo
QUESTÃO 06-Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
a) Só quero meio quilo.
b) Achei-o meio triste.
c) Descobri o meio de acertar.
d) Parou no meio da rua.
e) Comprou um metro e meio.
QUESTÃO 07- Ele ficou em casa. A palavra em é:
a) conjunção
b) pronome indefinido
c) artigo definido
d) advérbio de lugar
e) preposição
GABARITO
E
E
C
C
B
E
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