As figuras de linguagem podem ser de quatro tipos: figuras de som, de construção, de palavra e de pensamento.
Veja a seguir o que distingue cada uma delas.
Figuras de som
Figuras de pensamento
São também chamadas de figuras de harmonia – consistem na utilização de palavras, sílabas ou letras cuja sonoridade produz um efeito que reforça a ideia que se deseja transmitir. Em alguns casos, o som produzido marca o ritmo do texto (oral ou escrito); em outros, a semelhança de sons entre duas ou mais palavras cria a impressão de proximidade entre elas, fenômeno que chamamos de rima. Há ainda os casos em que o som intencional imita aquele que é produzido por um determinado animal, máquina, objeto ou fenômeno da natureza. Exemplos: aliteração, onomatopeia, paronomásia.
ONOMATOPÉIA - Consiste na imitação do som ou da voz natural dos
seres.
• "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos
como que é que poderíamos dormir tranqüilos a
nossa eternidade?" (Mário Quitanda)
• "No Tic Tic Tac do meu coração, renascerá..."
(Timbalada)
ALITERAÇÃO - .Consiste na repetição de fonemas no início ou
interior das palavras.
• O rato roeu a roupa do rei de Roma.
•
“Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem/
Manhã parece, carece de esperar também/
Para o bem de quem tem bem de quem não
tem vintém”.Chico Buarque (várias figuras)
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO -
São também chamadas de figuras de criação , de sintaxe ou sintáticas – estão relacionadas aos princípios segundo os quais a norma culta estabelece relações de hierarquia entre as palavras e consolida estruturas de construção de sentenças. A alteração dessas relações e/ou estruturas, quando não se trata de um erro grosseiro, constitui uma figura de construção. É comum que essas figuras apresentem como características a inversão de termos da oração, a ruptura de estruturas frasais, a adoção de diferentes formas de regência e concordância e até mesmo a omissão de palavras. Exemplos:inversão, elipse, zeugma, silepse e anacoluto.
INVERSÃO OU HIPÉRBATO - É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na
oração, ou das orações no período.
• Viajam cansados os pescadores de ilusões.
( Os pescadores de ilusões viajam cansados)
• Acompanhando o som da torcida, dançava com
a bola o atleta.
(O atleta dançava com a bola acompanhando som
da torcida).
ELIPSE - Ocorre quando há omissão de um termo, que fica
subentendido pelo contexto e que é facilmente
identificado.
• À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva.
(omissão da forma verbal estava: estava o sol, estava
chuva)
• " Na rua deserta, nenhum sinal de bonde." (Clarice
Lispector)
(omissão de não havia).
ZEUGMA - Omissão de um termo (verbo) já enunciado antes. Pode-se considerar zeugma como uma forma de elipse. • “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.” (omissão de prefiro) • "Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma imagem de São Francisco e um bom disco de Noel" (omissão de levou) (A Rita – Chico Buarque de Holanda).
SILEPSE - Ocorre quando se realiza a concordância com a idéia e não
com os termos expressos.
A silepse pode ser:
de gênero
• Vossa Excelência ficou cansado com o discurso.
de número
• A família do réu procurou advogado e queriam
saber se ele poderia ficar em liberdade durante o
processo.
de pessoa
• Os brasileiros somos muito crédulos.
ANACOLUTO - Ocorre quando há uma interrupção da construção
sintática para se introduzir uma outra ideia.
• Umas moedas velhas caídas no fundo da
gaveta, nós descobrimos o seu valor depois
que o colecionador as quis comprar.
• Os nordestinos quando chegam, em família,
entre sacos e sacola, na estação central, eu
acho que merecem mais do que uma
reportagem: merecem um livro que conte a luta
e a resistência dessa brava gente.
Figuras de palavra
Esse recurso tem origem quando uma determinada palavra ou expressão é empregada no lugar de outro termo ou é usada para materializar uma ideia para a qual não existe um termo exato, é “emprestada”. Esse emprego de palavras no sentido figurado é justificado pela existência de uma relação de proximidade de sentidos entre a palavra utilizada e a que foi substituída ou entre a palavra utilizada e a ideia que se deseja expressar. Exemplos:metáfora, catacrese e sinestesia.
(exemplos na publicação anterior)
Caracterizam-se por utilizarem palavras ou expressões cujo sentido conotativo causa impacto ou contraria as expectativas do leitor ou ouvinte. Esse efeito pode ser causado pela aproximação de palavras de sentidos opostos, pelo uso de termos que suavizam ou exageram a ideia que está sendo transmitida ou pelo emprego de palavras que dizem o contrário do que realmente se deseja dizer. Exemplos: hipérbole, eufemismo, paradoxo e ironia.
Entendeu a piada? Não? Então você precisa saber o que é pleonasmo
FONTES DE PESQUISA:http://www.figurasdelinguagem.com/
http://www.faccamp.br/apoio/SoniaSueliBertiSantos/comunicacaoSocial/FIGURAS_LINGUAGEM_COMPLETO.pdf
PESQUISA E SELEÇÃO DE ILUSTRAÇÃO,ORGANIZAÇÃO ´- NALY DE ARAUJO LEITE
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