NALY DE ARAUJO LEITE

NALY DE ARAUJO LEITE
FALSA DEMOCRACIA

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

P O R T U G U Ê S - FIGURAS DE LINGUAGEM 1 - DICAS - pesquisa e elaboração de Naly



"A linguagem figurada encontra-se presente somente em textos publicitários e em literários, visto que denota traços subjetivos, dando margem a duplas interpretações. Sua utilização deve-se ao fato de que a mesma confere uma maior expressividade à linguagem, realçando beleza e reforçando o pensamento."


Analise os exemplos que seguem evidenciando a figura de linguagem caracterizada pelos mesmos:
I
“Amor é fogo que arde sem se vê;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
[...]
II
“É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder”;
[...]
III
Proferiu um milhão de palavras tentando convencer-me de que tinha razão.
IV
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
R. anáfora; antítese; hipérbole; ironia.

ANÁFORAS ASSOCIATIVAS A associação se dá – pelo autor e/ou – pelo leitor

Nós visitamos um museu fantástico. As esculturas eram belíssimas, e os quadros eram todos de pintores renomados.

Entrei em um restaurante, e o garçom veio me atender. Entrei em um restaurante, e o lutador de sumô veio me atender. Entrei em um restaurante, e um lutador de sumô veio me atender.
PORTO ALEGRE: O PASSADO NA CAPITAL GAÚCHA A cidade começou como que por um acaso, quando casais de açorianos, mandados pelo governo de Portugal, aqui chegaram. Seu objetivo era de se instalarem na região das Missões, mas como foram impedidos pelos jesuítas que lá já habitavam, acabaram por parar às margens do Rio Guaíba. Desembarcaram na ponta da península, onde hoje é o centro de Porto Alegre, por ser este um local mais protegido do forte vento sul e onde a costa era mais profunda, facilitando assim a navegação e localização de estaleiros. Foi em março de 1772, que o local passou a ser chamado de Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais. Esta data ficou conhecida oficialmente como a função do povoado. Para a população, era o início dos registros de nascimentos, casamentos e óbitos – surgir a partir daquele momento o cidadão mais tarde conhecido como porto-alegrense.

Uma pergunta foi deixada no ar. Mas a resposta veio logo em seguida.
Roubaram um quadro de Monet do museu. O crime ainda é um mistério. Os ladrões são desconhecidos. Os jornais noticiaram um crime ao Banco do Brasil. O roubo foi por volta da meia-noite.
Quando a noiva chegou, ele já estava no altar, ao lado do padre. Estava radiante, usava um vestido longo preto.

(Mack) Nos versos abaixo uma figura se ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
Dois do presente,
Dois do passado.”
Essa figura de linguagem recebe o nome de:
a – ( ) metonímia
b – (  ) catacrese
c – (  ) hipérbole
d – (  ) antítese
e – (   ) hipérbato
R. ANTÍTESE (Figura que consiste no emprego de termos com sentidos opostos. • " Tristeza não tem fim. felicidade sim ...." (Vinícius de Moraes) • " Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças". (Drummond) • "Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir, há de apagar uma estrela no céu cada vez que você chorar" (Gilberto Gil) 



Atribua “V” para verdadeiro e “F” para falso em relação aos seguintes excertos:
a- Faria isso mil vezes se fosse necessário – antítese (  )
b – Falta-lhe inteligência para compreender isso – eufemismo (  )
c – Muito competente aquele candidato, esquecendo-se de cumprir com suas promessas eleitorais - ironia (  )
d – “O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora” – inversão (   )
R. F/V/V/F
EUFEMISMO: Figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável. • Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro. (apropriar-se = roubar) • Cássia Eller partiu dessa para melhor. (partiu dessa para melhor = morrer)

Fonte:http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-figuras-linguagem.htm#resposta-421

http://www.faccamp.br/apoio/SoniaSueliBertiSantos/comunicacaoSocial/FIGURAS_LINGUAGEM_COMPLETO.pdf



Figuras Semânticas • Metáfora • Comparação • Prosopopéia • Sinestesia • Catacrese • Metonímia • Perífrase • Antítese • Paradoxo • Eufemismo • Hipérbole • Ironia

Por ora falaremos um pouco mais sobre as figuras de palavra. Dessa forma, por que não contemplarmos alguns fragmentos de um conhecido poema de Mário Quintana, abaixo descrito?
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
[...]

                                   Mário Quintana

Surge a pergunta: que relação existe entre os pássaros e os poemas? É justamente na tentativa de esclarecer tal questão que se encontra a razão de as figuras de palavras existirem. Sim, pois elas representam os recursos estilísticos utilizados pelo emissor, os quais consistem no emprego de um termo diferente daquele tido como convencional (materializado por uma espécie de substituição), a fim de conferir uma maior expressividade junto à mensagem por ele retratada. Assim, resta-nos concluir que os pássaros, munidos de toda sua liberdade de atingir grandes alturas, indo um pouco mais além, assemelham-se à capacidade imaginativa, ao poder de criação do próprio poeta frente ao trabalho que realiza com a linguagem. 
Assim sendo, passemos a estabelecer familiaridade com os principais casos que integram as chamadas figuras de palavra ou figuras semânticas, assim subdivididas:
METÁFORAS
É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida. • "Não sei que nuvem trago neste peito que tudo quanto vejo me entristece..." (Alexandre de Gusmão)

Sua boca é um cadeado E meu corpo é uma fogueira" (Chico Buarque de Holanda) •‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada, débil mental pra lhe entregar tudo de mão beijada.’’ (Chico Buarque de Holanda




A título de melhor compreendermos as características inerentes a esta figura, observemos as palavras de Mattoso Câmara, assim expressas:
“Não há, aparentemente, uma relação real entre as duas palavras, isto é, não se fundamenta numa relação objetiva, mas sim, numa relação toda subjetiva [...]”. 
O referido autor apenas confirma o que antes dissemos, ou seja, a metáfora se define pelo emprego de uma palavra por outra, em virtude de haver entre elas (mesmo não sendo real) certa semelhança. Assim, podemos perfeitamente aproveitar as palavras de Quintana para exemplificá-la, ou seja:(fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-palavra-ou-semanticas.htm)
“Os poemas são pássaros que chegam”...


Comparação
Podemos afirmar que a comparação apenas se distingue da metáfora pelo fato de nela haver conectivos comparativos de forma explícita, retratados por “assim como, tal qual, tal como, que nem, feito”, bem como por alguns verbos, como é o caso de “parecer, assemelhar-se”, entre outros. Vejamos:
“Cabelos tão escuros como a asa da graúna”. (José de Alencar)
É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e busca realçar determinada qualidade do primeiro termo. • A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido. • "E há poeta que são artistas E trabalham nos seus versos como carpinteiro nas tábuas!..." (Alberto Caeiro) • Como um grande borrão de fogo sujo. O sol posto demora-se nas nuvens que ficam." (Alberto Caeiro)

Metonímia
Figura que se caracteriza pela substituição de uma palavra por outra, em virtude de haver entre elas algum grau de semelhança, proximidade de sentido ou implicação mútua. Assim, tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, podendo se manifestar de distintos modos, entre eles:
a)  a causa pelo efeito:
Vivemos do nosso trabalho. (do produto do trabalho, fazendo referência ao alimento)
b) o efeito pela causa:
O poeta bebeu a morte. (referindo-se ao veneno)
c) o instrumento pela pessoa que o utiliza:
Aquele garoto é um bom garfo (comilão, guloso)
d) o autor pela obra:
Minha paixão é ler Castro Alves. (a obra de Castro Alves)
e) o continente pelo conteúdo:
Tomamos dois copos de suco. (o conteúdo que continha no recipiente)
f) o concreto pelo abstrato:
A verdade sempre vencerá. (os que dizem a verdade)
g) o inventor pelo invento:
Einstein possibilitou a teoria da relatividade. (a invenção de Einstein)
h) a parte pelo todo:
O bonde passa cheio de pernas...(Drummond)
i) a marca pelo produto:
Só tomamos Bohemia (a cerveja da marca Bohemia)
j) singular pelo plural:
Os direitos da mulher devem ser respeitados. (os direitos de todas as mulheres)
l) o material pelo objeto
O soar dos bronzes anuncia a procissão. (os sinos)
m) o nome próprio pelo nome comum (o indivíduo pela espécie):
Ele se revelou como um judas. (traidor)
Catacrese
Trata-se de uma figura que em virtude de seu contínuo se tornou cristalizada, perdendo assim seu caráter estilístico. É como afirma Othon M. Garcia "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. Dessa forma, afirmamos que o uso da catacrese se dá pela falta de não haver um termo específico para designar um conceito, tomando-se outro emprestado”. Para exemplificar, eis alguns fragmentos do poema de José Paulo Paes:
Inutilidades
“Ninguém coça as costas da cadeira.
Ninguém chupa a manga da camisa.
O piano jamais abandona a cauda.
Tem asa, porém não voa, a xícara.
De que serve o pé da mesa se não anda?
E a boca da calça, se não fala nunca?
Nem sempre o botão está na sua casa.
O dente de alho não morde coisa alguma.
Ah! Se trotassem os cavalos do motor…
Ah! Se fosse de circo o macaco do carro…
Então a menina dos olhos comeria
Até bolo esportivo e bala de revólver”.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar. • Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do rosto avermelhadas. • A asa da xícara quebrou-se. Usamos a catacrese em expressões como “orelha de livro” ou “dente de alho”. O termo “engarrafamento”, usado para designar o congestionamento de automóveis, ou o verbo “embarcar”, usado no sentido de entrar no carro, no avião ou no trem, são exemplos de catacrese.
Sinestesia
Caracteriza-se por mesclar em uma mesma expressão as sensações percebidas pelos diferentes órgãos do sentido. Exemplificando, observemos alguns fragmentos extraídos de uma criação simbolista:
Cristais
[...]
Como um perfume a tudo perfumava.
Era um som feito luz, eram volatas
Em lânguida espiral que iluminava,
Brancas sonoridades de cascatas...
Tanta harmonia melancolizava.
[...] (grifos nossos)
É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes. • O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro = sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual) • Um doce abraço indicava que o pai desculpara. (doce = sensação gustativa; abraço = tátil) • Dia de luz , festa de sol Um barquinho a deslizar no macio azul do mar... (O barquinho - Tom Jobim) (azul = sensação visual; macio = sensação tátil)
                                     Cruz e Souza

Antonomásia
Define-se pela expressão que designa um ser por meio de uma qualidade ou atributo, e até mesmo por meio de um fato que o tornou célebre. Assim, constatemos alguns casos:
O Rei do futebol. (Pelé)
O Mestre dos Mestres (Jesus)
O Poeta da Vila (Noel Rosa)

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
ADENDO:
Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de ANTONOMÁSIA. • O Príncipe dos poetas também teve outras atividades que o tornaram famoso; por exemplo: a luta pelo serviço militar obrigatório. (Príncipe dos poetas = Olavo Bilac) • O Presidente dos Pobres suicidou-se em 1954. (Presidente dos Pobres = Getúlio Vargas) • "A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar." (dama do teatro brasileiro = Fernanda Montenegro).
PROSOPOPÉIA
Também chamada personificação ou animismo, é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros seres. • "Ah! cidade maliciosa de olhos de ressaca que das índias guardou a vontade de andar nua". (Ferreira Gullar) • Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.
P E R Í F R A S E
Expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa qualquer sintagma ou expressão idiomática (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra. A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo. (cidade luz = Paris) A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol. (cidade maravilhosa = Rio de Janeiro) O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. (povo lusitano = os portugueses).
Vamos aprender mais um pouquinho????
Por Josiane Muller
Pesquisa de Naly de Araujo Leite
Resumo
Este estudo consiste nas relações entre os elementos lingüísticos estabelecidas em dois domínios distintos. Vamos definir tais domínios.A dicotomia levou o nome de Sintagma [versus] Paradigma e é facilmente entendida com alguns exemplos. Toda frase, segundo essa dicotomia - e não apenas frases, mas também palavras e até signos extralingüísticos -, possui dois eixos: um de seleção e outro de combinação. Na frase "Eu comprei um carro novo", há possibilidades combinatórias claras, tais como "Um carro novo eu comprei" (mudança de ordem das palavras) ou outras, como ao acrescentarmos novos termos à oração. Também há quase inumeráveis possibilidades seletivas, tais como: "eu / ele / tu / João / Dina - comprou / vendeu / roubou / explodiu - um / dois / três / muitos - carros / foguetes / caminhões - novos / velhos / antigos / raros". O eixo de seleção proposto pela relação paradigmática, corresponde às palavras que podem ocupar determinado ponto em uma sentença.
Introdução
Tal artigo irá tratar a dicotomia paradigma & sintagma, na qual se definem, respectivamente, as relações de seleção e as relações de combinação entre os elementos lingüísticos. 
O paradigma não é qualquer associação de signos pelo som e pelos sentidos, mas uma série de elementos lingüísticos suscetíveis de figurar no mesmo ponto do enunciado, se o sentido for outro. Assim, no enunciado foi teu avô, no lugar de teu, poderiam figurar, se o sentido do enunciado fosse outro, os termos seu , meu, nosso, o, um etc. Esses elementos constituem um paradigma, do qual o falante seleciona um termo para o enunciado. 
Por outro lado, no sintagma não se combinam quaisquer elementos aleatoriamente. A combinação no sintagma obedece a um padrão definido pelo sistema. Assim, por exemplo, podem-se combinar um artigo e um nome e, nesse caso, o artigo deve sempre preceder o nome. Em português, é possível a combinação o irmão, mas não a combinação irmão o
Por essa razão, não se deve confundir paradigma com língua e sintagma com fala. Tanto um quanto outro pertencem ao sistema, aquele por estabelecer os elementos que podem figurar num dado ponto da cadeia falada e este por obedecer a um padrão rígido de combinação.
1. Fábula de La Fontaine como unidade de argumentação
- Não importa. Guardo magoa de ti, que ano passado, me destrataste, fingindo! 
- Mas eu nem tinha nascido. 
- Pois então foi teu irmão. 
- Não tenho irmão, Excelência. 
- Chega de argumentação. Estou perdendo a paciência! 
- Não vos zangueis, desculpai! 
- Não foi teu irmão? Foi o teu pai ou senão foi teu avô –
Tanto os argumentos de defesa do Cordeiro quanto os de acusação do Lobo estão baseados na seleção dos graus de parentesco. Observando as orações “foi teu irmão”, “foi teu pai” e “foi teu avô”,é possível verificar que as relações entre os elementos lingüísticos dependem, basicamente, de uma seleção deles, que no caso é a seqüência foi teu _____. Desse modo, pode-se afirmar que a linguagem tem dois eixos, um eixo de seleção e um eixo de combinação, que podem ser representados assim:
Eixo de seleção 
foi teu irmão                                                          Eixo de combinação 
foi teu pai 
foi teu avô 



Em virtude do caráter linear dos significantes, há a impossibilidade de que os signos lingüísticos ocorram simultaneamente na cadeia da fala. Assim, enunciados um após o outro, eles formam um alinhamento que os distribui em relações de combinação entre, no mínimo, dois elementos. Há, portanto, relações de combinação entre os signos. A essas relações, chama-se de sintagmáticas, [uma coisa posta em ordem]. 
Além das relações sintagmáticas, baseadas na combinação, há também relações baseadas na seleção dos elementos que são combinados. Apresentando algo em comum, um signo pode ser associado a outros signos por, pelo menos, três modos: por meio de seu significado, com seus antônimos e sinônimos; por meio de seu significante, com imagens acústicas semelhantes; e por meio de outros signos, em processos morfológicos comuns. Para se referir às relações associativas entre os signos, a Lingüística consagrou o termo relações paradigmáticas, [modelo, exemplo].
2. ASPECTO ANALISADO
PARADIGMA
Sendo uma representação do padrão de modelos a serem seguidos. É um pressuposto filosófico matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas. 
Na filosofia grega, paradigma era considerado a fluência de um pensamento, pois através de vários pensamentos do mesmo assunto é que se concluía a idéia, seja ela intelectual ou material. Após a realização dessa idéia surgiam outras idéias, até que se chegasse a uma conclusão final. Pensar que a idéia inicial, tanto a intelecta com o que de fato ocorre, pois não conta com a inspiração e os diversos fluxos de pensamento. Resumindo, são referências a serem seguidas. 
Em Linguística, Ferdinand de Saussure define como paradigma o conjunto de elementos similares que se associam na memória e que assim formam conjuntos. O encadeamento desses elementos chama-se sintagma. 
Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum – não necessariamente a melhor – de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de idéias. Ao mesmo tempo, ao ser aceito, um paradigma serve como critério de verdade e de validação e reconhecimento nos meios onde é adotado.
Paradigmas podem ser considerados regulamentos ou regras que dizem duas coisas: quais são os limites, as fronteiras da problemática com a qual se está trabalhando e como ter sucesso resolvendo questões dentro destes limites.
SINTAGMA
Toda a combinação de morfemas; um sintagma autónomo formado de morfemas não separáveis é o que normalmente se chama uma palavra. Assim, uma unidade formada por uma ou várias palavras que, juntas, desempenham uma função na frase. 
[Sintagma é visto como uma unidade formada por uma ou várias palavras que, juntas, desempenham uma função na frase.]. 
A combinação das palavras para formarem as frases não é aleatória; precisamos obedecer a determinados princípios da língua. As palavras se combinam em conjuntos, em torno de um núcleo. E é esse conjunto (o sintagma) que vai desempenhar uma função no conjunto maior, que é a frase.
Considerações Finais
Ao concluir estabelecemos então; tanto na frase, em nível sintático, quanto na palavra, em nível morfológico, podem ser determinadas relações sintagmáticas e paradigmáticas. Em uma representação gráfica, costuma-se colocar o sintagma como um eixo horizontal e o paradigma como um eixo vertical. Assim, na frase João ama Teresa e na palavra amaremos, há um eixo horizontal sobre o qual se dispõem os elementos lingüísticos combinados em um sintagma, e há eixos verticais, para cada posição do sintagma, sobre o qual se dispõem os elementos lingüísticos que podem, por meio de relações paradigmáticas, ocupar essa posição.
Esquematicamente, pode-se representar os exemplos assim:
paradigma João ama Teresa 
Raimundo odeia Maria                                         sintagma Joaquim admira Lili 
Assiste J. Pinto 
cigarro 
chocolate
paradigma 
am a re mos 
beb e ria s                                                               sintagma 
part i sse is
Esse exemplo mostra que tanto as relações paradigmáticas quanto as sintagmáticas ocorrem em todos os níveis da língua: o dos sons, o dos morfemas, o das palavras. Além disso, é preciso notar que os elemento lingüísticos só contraem essas relações dentro do nível a que pertencem: sons relacionam-se paradigmática e sintagmaticamente com sons; morfemas com morfemas; palavras com palavras. Por exemplo, no lugar inicial da palavra mata poderiam figurar os sons l, b, r, k, d etc. Esses sons constituem um paradigma. Por outro lado, há regras muito estrita de combinação dos sons: por exemplo, não se pode combinar em português em posição pré-vocálica os sons k, b, d. a mesma coisa ocorre no nível dos morfemas e das palavras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SAUSSURE, Ferdinand de.Curso de lingüística geral.São Paulo:Cultrix.1969. 
WIKIPEDIA. Sintagma. Disponível em: .Acesso em: 27 out. 2007. 
PESSOA, João. GUIMARÃES, Carlos Antonio Fragoso. O novo paradigma. Disponível em: .Acesso em: 20 out. 2007. 
WIKIPEDIA. Paradigma. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2007. 
CLASSE dos sintagmas. São Paulo. Disponível em: http://aclassedossintagmas.htm. Acesso em: 22 set. 2007. 
INTERAULA. Sintagma. Disponível em: http://sintagma.htm. Acesso em: 20 out. 2007. 
FIORIN, José Luiz. Introdução à lingüística. 5ª. ed. São Paulo: Contexto, 2006.


NALY DE ARAUJO LEITE - BLOGUISTA




Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
DUARTE, Vânia Maria Do Nascimento. "Figuras de palavra ou semânticas";Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-palavra-ou-semanticas.htm>
Pesquisas em links diversos, seleção,complementação e ilustrações: Naly de Araujo Leite
http://www.faccamp.br/apoio/SoniaSueliBertiSantos/comunicacaoSocial/FIGURAS_LINGUAGEM_COMPLETO.pdf

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